segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Lula passará 3 dias vistoriando e dormindo em obras

Codevasf



Começa nesta quarta-feira (14) a “Caravana do São Francisco”. Durante três dias, Lula vai inspecionar as obras de transposição das águas do rio.



Deslocando-se de avião e helicóptero, o presidente vai pecorrer, até a sexta-feira (16), quatro Estados: Minas, Bahia, Pernambuco e Paraíba.



Acompanhado de governadores e ministros –entre eles Dilma Rousseff— Lula vai pernoitar duas noites em canteiros de obras.



A Transposição do São Francisco é uma das jóias da coroa do PAC. A obra está orçada R$ 5 bilhões.



Responsável pelo empreendimento, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) disse ao blog que já foram gastos cerca de R$ 2 bilhões.



A despeito disso, a oposição afirma que a obra não existe senão na propaganda oficial. Com a caravana, Lula tenta esvaziar esse discurso.



O presidente decola de Brasília na manhã de quarta, às 8h. Inicia o périplo por dois municípios de Minas: Buritizeiro e Pirapora.



No primeiro, verá obras de saneamento ainda inacabadas. No segundo, visitará uma estação de tratamento de esgoto já "concluída", segundo Geddel.



Nesse trecho, Lula deseja realçar o pedaço da obra que prevê a revitalização do São Francisco. Inclui a eliminação do despejo de dejetos no rio.



Em seguida, Lula voará para a cidade de Barra, na Bahia. Será apresentado ao que Geddel chama de “campo de provas”.



É onde estão sendo testadas as intervenções que, depois, são executadas na obra. Por exemplo: recomposição de matas ciliares, replantio das margens e dragagem.



É em Barra que funciona também a diocese de Dom Luiz Cappio, o bispo católico que realizou a infrutífera greve de fome contra a transposição do São Francisco.



No finalzinho da tarde de quarta, Lula embarca para Pernambuco. Desce em Arco Verde. Ali, pega um helicópeto.



Vai a um canteiro de obras assentado nos arredores da cidade de Floresta. Ali, Lula passará a sua primeira noite.



Junto com ele, entre outros, os ministros Geddel e Dilma, e os governadores Eduardo Campos (Pernambuco) e Cid Gomes (Ceará).



As autoridades vão dormir em alogamentos de madeira que servem de abrigo aos engenheiros da obra. Geddel mandou instalar aparelhos de ar-condicionado.



Antes do encontro com o travesseiro, Lula visistará um trecho da obra no qual há operários trabalhando no turno da noite.



O trabalho em três turnos –manhã, tarde e noite— fora uma exigência do presidente. A inspeção noturna é parte do “cala boca” que Lula deseja impingir à oposição.



Na manhã de quinta (15), Lula volta ao helicóptero. Inspecionará as obras do alto. Depois do sobrevôo, desce na Paraíba, onde o aguarda um pa©lanque.



O presidente vai discursar para um grupo de operários. Pelas contas de Geddel, as obras da transposição do São Francisco dão emprego a 8 mil brasileiros.



No meio da tarde de quinta, Lula e seu séquito voltam para Pernambuco. Pousam em Salgueiro e vão para outro trecho da obra.



Um trecho onde estariam avançados os preparativos para o bombeamento do rio. O objetivo final da transposição é despejar as águas do São Francisco em projetos irrigação no semi-árido.



Nesse canteiro, o presidente e sua comitiva passarão a segunda noite. De novo em alojamentos de madeira.



Geddel diz que são confortáveis: “Já dormi lá várias vezes”. O abrigo de Dilma recebe cuidados especiais do colega: “É mulher, não pode dormir em qualquer lugar”.



Quatro dias antes do início da caravana de Lula, esteve em Pernambuco o governador tucano de São Paulo, José Serra.



Virtual adversário de Dilma Rousseff, Serra foi, no último sábado (10), a Petrolina. Visitou obras federais que se arrastam, inconclusas, há anos.



Depois, foi à cidade de Santa Maria da Boa Vista. Pisou no maior assentamento do Incra no Nordeste, o Catalunha.



Ali, cerca de 600 famílias convivem com o drama da falta d’água. Serra, que não se assume como candidato, fez discurso de presidenciável diante de cerca de 500 acampados.



“Sou governador de São Paulo, não posso fazer nada por vocês”, disse. Foi como se quisesse dizer: Votem em mim para presidente que as coisas mudam.



O Catalunha fica a cerca de oito quilômetros do rio São Francisco, alvo das obras que Lula tenta pendurar nas manchetes como algo palpável.



Acompanhado dos senadores pernambucanos Sérgio Guerra (PSDB) e Marco Maciel (DEM), o "não-candidato" Serra distribuiu sorrisos, posou para fotografias.



A visita da comitiva 'demo-tucana' foi às páginas do “Jornal do Commercio” (só para assinantes), de onde o repórter extraiu as informações relatadas acima.

Escrito por Josias de Souza às 04h46

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